Thursday 7 February 2013

Terrorismo e Contraterrorismo: Desafio do Século XXI

Dois fatos, historicamente recentes, motivaram profundas mudanças nas relações internacionais contemporâneas: a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989; e os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O 9 de novembro marcou o descortinamento de metade do planeta. O 11 de setembro, o erguimento de uma muralha invisível entre os povos que, acreditávamos, estivesse destruída (FRIEDMAN, 2005).

A palavra “terrorismo” deriva do latim terror, que significa medo ou horror. Trata-se de termo usado para designar um fenômeno político, de longa data, cuja finalidade é aniquilar ou atemorizar rivais mediante o uso de violência, terror e morte de pessoas inocentes. Sem modificar sua essência, o terrorismo exibe, na atualidade, cinco aspectos que o distinguem de épocas anteriores: o caráter transnacional; o embasamento religioso e nacionalista; o uso de terroristas suicidas; a alta letalidade dos ataques; e a orientação anti-ocidental, sobretudo nos grupos fundamentalistas2 islâmicos. Essas características nos remetem a uma nova modalidade, que poderia ser chamada de neoterrorismo (WITCKER, 2005).

Os atentados da Al-Qaeda, em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos da América (EUA), são o divisor de águas desse novo ciclo. Desde então, houve ataques às cidades de Madri, na Espanha; Bali, na Indonésia; e Londres, na Inglaterra, entre outras, com grande número de vítimas. A metodologia, a estratégia e os meios utilizados por terroristas são variados e imprevisíveis.

Hoje, há recursos mais poderosos e de acesso mais fácil do que os utilizados no passado. As variantes suicidas dos terroristas e o possível uso de armas de destruição em massa (ADM) mostram o quão vulneráveis são os Estados a toda sorte de ataques. Faz-se urgente a criação de mecanismos que, efetivamente, os contenham.

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